Os sapatos envelhecem juntos. Eles se igualam com o uso. Não há maior, nem menor. Adquirem a bondade da experiência. A generosidade da estrada.

E cheguei à conclusão de que o amor do amor é estar junto em qualquer região da linguagem.

Linguagem é mais do que lugar. Linguagem cria o lugar.

É a capacidade de dizer qualquer coisa para sua companhia e não ser classificado de grosseiro, deslocado, ridículo.

Não enfrentar uma revista ao embarcar para a viagem pelas vogais. Não ser indiciado. Desfrutar da confiança da observação e da amizade espirituosa.

Ser compreendido no ato. Ou antes mesmo.

Levar alguém para todo o país de sua imaginação.

Intimidade de olhar para a boca mais do que para os olhos, como dois apaixonados aguardando o beijo.

Quando posso ser sarcástico, debochado, pornográfico, poético, ingênuo, idiota, cínico, crédulo com uma mulher e não preciso me explicar, traduzir e pedir desculpa. E ainda parecer genuíno. E ainda parecer engraçado. E ainda parecer justo. E ainda parecer ousado.

Ser estimulado a não mentir.

Ser vários, e não perder a unidade. Ser muitos, e não perder o endereço.

Há algo mais vexatório do que brincar e outra pessoa permanecer séria? Estar se divertindo e ser julgado? Propor relações inesperadas e ser encaminhado para o chat de tortura?

Amor do amor é quando deixamos a expectativa pela esperança. Deixamos de repetir o que ela ou ele deseja ouvir, para se contentar com o que ouvimos. É uma imensa falta dentro da presença, uma imensa concordância dentro da discordância.

O amor é o contexto para aquilo que não tem explicação. O amor é sempre contexto para pensamentos desconexos, palavras excitadas.

Amor do amor é quando não nos envergonhamos de nada. Não há medo de dizer, pensar, errar. Quando o nosso pior continua sendo o melhor para quem nos acompanha.

Carpinejar.

O amor maduro

O amor maduro não é menor em intensidade.

Ele é apenas quase silencioso. Não é menor em extensão.

Não carece de demonstrações:

presenteia com a verdade do sentimento.

Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.

O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.

Mas vive dos problemas da felicidade.

Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.

O amor maduro não disputa, não cobra,

pouco pergunta, menos quer saber. Teme, sim.

Porém não faz do temor argumento.

Basta-se com a própria existência.

É o sentimento que se manteve mais forte depois

das epidemias de ciúme, controle ou agressividade.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro

e a relação com a parte salva de cada pessoa.

Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue.

O amor maduro não precisa de armaduras, coices, cargos

iluminuras, enfeites, papel de presente, flâmulas, hinos,

discursos ou medalhas:

vive de uma percepção tranqüila da essência do outro.

Deixa escapar a carência sem que pareça paupérrima.

Demonstra a necessidade sem que pareça voraz.

Define uma dependência sem que se manifeste humilhante.

É feito de compreensão, música e mistério.

É a forma sublime de ser adulto

e a forma adulta de ser sublime e criança

 

Desconheço a autoria.

Abri um velho album de fotografia, procurando por mim. Foi inutil a procura, não me encontrei naquele retrato antigo... Os meus olhos a muito não tem aquele brilho, a minha pele, já não é mais tão aveludada. As minhas mãos já deixaram de conhecer caminhos... Enfim, foi uma procura inutil, pois aquela de antes, não é a mesma de hoje...

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Dois capacetes jaziam por sobre a mesa de jantar, mas mesmo assim sabia que havia partido, sem deixar ninguém para acender a luz ou trancar a casa.




Será sempre jovem na minha lembrança. Em nosso registro interno não constará nenhuma forma de briga ou desavença, e nunca me verá velha e doente. Nunca morrerei para você.


Texto retirado de: http://invasoesgermanicas.blogspot.com/

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Depois de procurar pelo amor próprio, procure por um homem que te faça rir com as coisas mais comuns da face da terra. Que te prenda durante horas e horas, com conversas sobre os mais variados assuntos. Que preste atenção enquanto você fala, e que discorde de você, de vez enquando. Que atenda rindo a tua ligação no meio da noite. Que valorize a tua companhia acima de tudo, não importando onde vocês estejam.E por fim, não procure pelo que agrada os olhos. Os bonitões sempre dão dor de cabeça, e logo você percebe que só a beleza não te  completa. A beleza que você procura, pode estar bem longe do alcance dos olhos, escondida atrás daquele cabelo "medonho", ou dentro daquelas roupas horríveis. Um dia descobrimos que a beleza que nos completa, não é aquela que agrada aos olhos, mas sim a que agrada a alma e o coração...

Das coisas que você nunca soube...

"Mais uma vez insisto eu nas tais das 'cartas. O pior delas é não se transformarem em nada de fato, pq elas seram esquecidas, e de nd ira adiantar. Apenas acabam persistindo como 'apenas mais um texto' a ser guardado junto com os demais. Mas tudo bem... de repente é na insistência que as coisas acontecem.(...) Continua sendo difícil escrever, não sei bem porque... mas eu preciso. Porque mesmo nesse vazio ainda parece ter alguma coisa queprende você a mim... que me prende, absurda, me impedindo de olhar para outras e mais belas coisas.Eu sempre tive na minha cabeça como eu queria que as coisas acontecessem. Desde o início. Isso foi mudando com os acontecimentos, mas eu sempre escrevia uma nova fantasia de como as coisas 'deveriam' ser. E nada nunca chegou nem perto disso. Em parte porque fantasia é sempre fantasia e o mais óbvio desse conceito é que ele nunca é alcançado. Se alcançado, deixa de ser fantasia, perde o poder... eseria preciso criar outra (fantasia). Mas isso não aconteceu... porque não chegamos nem perto de nada do que eu fantasiei.(...) Porque você me segurava gostando de você. Você não se permitia gostar de mim, mas me queria gostando de você.(...) Você gostava de mim aos pedaços, por isso doía tanto. Você nunca se importou com a minha vida, em como ela seguia. Nunca se importou com as minhas buscas, com as minhas conquistas, com as minhas angústias, com as minhas alegrias. Você nunca esteve interessado em saber como foi meu dia, o que eu sonhava para mim. Você sabia, sim,dizer de vez em quando como achava o que eu fazia chato e como você gostaria que eu fizesse outras coisas que para você eram mais importantes.(...) Senti raiva por muito tempo. Mas era uma raiva de amor. Uma raiva de quem amava. Hoje não sinto mais. Te perdôo... acredito que oUniverso conspira para resolver certas coisas. No entanto, esse perdoar, por muito tempo, não significou esquecer. Acho então que posso dizer que não foi um perdoar de verdade. Perdoar deveria incluir esquecer. Mas acabei todas as vezes deixando passar, desculpando aqui e ali... mas quando acontecia algo ruim de novo, somava a tudo que já ocorrera anteriormente. Mas hoje eu quero te perdoar, de verdade... e te perdôo. E perdôo a mim e a nós dois por tudo.(...) Porque houve muitas coisas boas. A dor acabou fazendo com que eu insistisse só no que foi de ruim, mas existiu muito mais. Existiram momentos incríveis e você me fez muito bem em muitas coisas. Nos momentos em que fomos um do outro de coração, e de verdade, você me fez sentir enorme. Você fez renascer em mim um 'acreditar em mim mesma' há muito perdido. Porque nesses momentos você me olhava como se acreditasse... e como se meus defeitos não importassem... você muitas vezes me olhou assim e muitas vezes estar com você me fez acreditar no que seus olhos refletiam sobre mim. E foram tantas coisas boas. Você foi capaz de enxergar tantas coisas boas... e me fez olhar para isso.E isso é bom!! Meu Deus como é bom! Foram muitos bons momentos, q ate hoje procuramos ter de volta, ainda que momentos isolados de todo oresto. Durante muito tempo isso foi suficiente: os nossos momentos isolados do resto do mundo. Mas depois de um tempo deixou de ser. Depois de um tempo eu passei a querer mais, porque era muito pouco.Era muito pouco aqueles poucos momentos em que você parecia gostar de mim. Ñ consigo mais escrever... Só quero que vc entenda oq nestas linhas eu ñ consegui escrever...

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