terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O amor maduro

O amor maduro não é menor em intensidade.

Ele é apenas quase silencioso. Não é menor em extensão.
Não carece de demonstrações:
presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.


O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
O amor maduro não disputa, não cobra,
pouco pergunta, menos quer saber. Teme, sim.
Porém não faz do temor argumento.
Basta-se com a própria existência.
É o sentimento que se manteve mais forte depois
das epidemias de ciúme, controle ou agressividade.


O amor maduro é a valorização do melhor do outro
e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue.

O amor maduro não precisa de armaduras, coices, cargos
iluminuras, enfeites, papel de presente, flâmulas, hinos,
discursos ou medalhas:
vive de uma percepção tranqüila da essência do outro.
Deixa escapar a carência sem que pareça paupérrima.
Demonstra a necessidade sem que pareça voraz.
Define uma dependência sem que se manifeste humilhante.


É feito de compreensão, música e mistério.


É a forma sublime de ser adulto


e a forma adulta de ser sublime e criança


 
Desconheço a autoria.

3 comentários:

  1. O amor maduro não quer que o outro seja sua metade e sim o seu complemento.
    Beijos

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  2. "É o sentimento que se manteve mais forte depois das epidemias de ciúme, controle ou agressividade."

    Epidemias de ciúme.. gostei disso! :)

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  3. "Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue"

    Muito lindo isso.


    Bjos

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