O homem, com a experiência acumulada, resolveu tomar cuidado no último relacionamento, porque sabia que estava longe de ser o último. Não trouxe a mulher para casa, a fim de não associar cômodos e objetos a ela. Evitou pescoço e orelhas, já que o mesmo perfume poderia estar em efemeridades ulteriores. Mas o cuidado maior foi com os ouvidos: durante todo o tempo em que estiveram juntos, o homem simplesmente não ouviu música alguma, para que, quando tudo acabasse, nenhuma melodia sussurrasse o nome da mulher.
Hoje, ele não pode mais ficar em silêncio. O silêncio é ela.
J.C.T
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Adorei seu blog!!! Os fragmentos do Caio F. de Abreu são os melhores!!!
ResponderExcluirParabéns!
Bjão